A cobrança pelo transporte de van de dois alunos para a escola virou caso de Justiça. As duas crianças são irmãs e a mãe não quis pagar o dobro do valor, já que ambas iriam para a mesma unidade escolar. Quem judicializou o caso, que ocorreu em Limeira (SP), foi a motorista da van.
À Vara do Juizado Especial Cível e Criminal, ela explicou que já fazia o transporte de uma das crianças da seguinte forma: pegar em casa todas as manhãs e deixá-la na escola, sem necessidade de buscá-la na saída, já que o pai fazia esse serviço. Por essa rota, a motorista cobrava R$ 250.
Tempos depois, a mãe da criança avisou que o outro filho também iria começar a estudar na mesma escola e disse à dona da van: “não vai mudar sua rota, é só deixar os dois na escola e o pai vai buscar”. A motorista, então, respondeu que seria o mesmo valor do outro, ou seja, R$ 250.
Quando chegou no dia do pagamento, a mãe deixou apenas R$ 300 para a motorista, dos R$ 500 que ela deveria receber. Ocorreu que a cliente não atendeu mais as ligações da dona da van, que levou o caso à Justiça.
Quem analisou o caso foi o juiz Marcelo Vieira, no dia 11 deste mês. Para o magistrado, a motorista tem razão em cobrar o valor restante.
“[os pais] afirmam terem entendido que seria cobrando o mesmo valor sem acréscimos. As mensagens trocadas pelas partes deixam claro que seria acrescido o valor da outra criança e por se tratar da mesma escola o valor seria idêntico. Os requeridos confirmam que houve cobranças e pagamento parcial, as questões e dificuldades financeiras apontadas não afastam a responsabilidade pela quitação do valor pendente”, decidiu.
Os pais foram condenados a pagar o valor restante (R$ 200) com juros. Eles podem recorrer.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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