Vereador de Elias Fausto quer lei para Município fornecer absorventes às mulheres de baixa renda

Adriano Luko (PSDB), vereador em Elias Fausto, cidade da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP), protocolou projeto de lei na Câmara que institui o programa municipal da Dignidade Íntima no Município.

A proposta prevê que a Prefeitura deverá fornecer absorventes às mulheres de baixa renda e estudantes do ensino público. O texto diz que as secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social deverão fornecer os absorventes em quantidade necessária, ficando à critério do Município o melhor método de distribuição.

Para ter direito, foram estabelecidos critérios:

  • Na condição de baixa renda: ser cadastrada em um dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do Município.
  • Na condição de estudante: ser residente e possuir matrícula no ensino público de Elias Fausto.

O projeto, que está em análise no Legislativo antes de ir à votação, também prevê a inserção na grade escolar do Município aulas aulas e discussões sobre o ciclo menstrual com o intuito de naturalizar e conscientizar sobre os cuidados necessários, fazendo com que as mulheres, em sua formação escolar, aprendam a respeitar e entender o seu corpo.

Na justificativa, o vereador diz que o termo pobreza menstrual demonstra o quanto mulheres, muitas vezes, enfrentam dificuldade no acesso a absorventes e procuram substituir por alternativas pouco eficientes. O parlamentar aponta que o valor médio de um pacote de absorventes com 20 unidades é de R$ 16, e muitas vezes não é suficiente para o ciclo do mês.

Com a pandemia, a situação econômica se agravou, lembra o vereador. Além disso, ele lembra que a menstrução ainda é um tabu, levando a diversas consequências às mulheres.

A ideia já foi proposta em outros municípios. Nesta semana, o Senado aprovou projeto que prevê a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias. O projeto da Câmara, relatado pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN), foi aprovado sem mudanças e segue para a sanção presidencial.

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