UTI da URC em Limeira está a uma internação de alcançar 100% de ocupação

A Unidade de Referência Coronavírus (URC) de Limeira, no Hospital Humanitária, está com 96,9% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados neste domingo (7). Caso haja mais uma internação de paciente grave ainda hoje, não haverá mais leito de UTI disponível na unidade até que ocorram desinternações no setor. Há uma grande dinâmica nas altas, internações, óbitos e transferências, que pode alterar o cenário a qualquer momento.

Até a divulgação do boletim no início da noite deste domingo, havia 31 pacientes graves internados. São 32 leitos de UTI no local.

E caso chegue aos 100% de ocupação de leitos de UTI na URC? O que o Município fará? “Para onde houver vaga”, explica o secretário de Saúde em Limeira, Vitor Santos. “Se houver vaga nos hospitais da cidade, requisitamos as vagas e, se todos os hospitais tiverem ocupados, colocamos no Sistema de Regulação Estadual (CROSS) e a vaga vai ser buscada onde houver”.

O secretário conta que nos quatro maiores hospitais privados de São Paulo, a ocupação já está próxima dos 100%, e lamenta: “Muitas pessoas não estão levando à sério a situação”.

Diferentemente de julho, explica Santos, quando houve um pico, na sequência teve uma queda progressiva. “Nesse momento, chegamos a um pico maior do que o de julho e ainda não percebemos a percebemos tendência de queda”.

Em julho do ano passado, a UTI da URC chegou a 98,7%. Da mesma forma, por apenas uma internação, não foi batido o índice de 100% de ocupação à época.

As medidas restritivas como forma de evitar piora

Vitor Santos explicou ainda ao DJ neste domingo que as medidas restritivas buscam diminuir a velocidade do contágio e diminuir a pressão sobre a estrutura de atendimento. “O leito de UTI de Covid não tem a rotatividade de uma UTI comum e, em geral, fica ocupado por um período de 15 a 60 dias”.

Esgotamento de profissionais

As estruturas assistenciais não são ilimitadas e, nesse momento, a dificuldade maior, de acordo com o secretário, está em encontrar profissionais habilitados para atender pacientes com tamanha complexidade. “As equipes estão esgotadas, no limite. As pessoas ainda não compreenderam que os vírus não têm partido político, não escolhem classe social ou religião. Nas guerras, a união de propósito é fundamental”.

Casos

São 398 óbitos confirmados. Desde o início da pandemia, 20.421 confirmaram a doença na cidade.

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