Servidores em Limeira suspendem paralisação e mantêm estado de greve

Os servidores públicos de Limeira (SP) decidiram, na manhã desta quinta-feira (3/4), suspender a paralisação e manter o estado de greve por tempo indeterminado. A medida foi aprovada após mesa de negociação, na Prefeitura, entre o prefeito Murilo Félix e os sindicatos que representam a categoria

A contraproposta apresentada pelo prefeito inclui:

–  Reajuste do bônus de assiduidade dos professores efetivos de R$ 150 para R$ 200;
–  Reajuste de 5,06% no vale-alimentação para servidores que recebem até três pisos, passando de R$ 640 para R$ 672;
–  Para os servidores que ganham acima de três pisos e atualmente não recebem o benefício, início do pagamento de R$ 200 de vale-alimentação;
–  Reajuste de 5,06% no salário dos servidores;
–  Para o quadro do magistério, reajuste de 3,44% retroativo a janeiro e 1,62% a partir de março, totalizando 5,06%.

O encontro também contou com a presença de vereadores que acompanham a mobilização. Durante a reunião, Murilo ressaltou o compromisso em equalizar as contas públicas e afirmou que, diante da atual situação, esse é o máximo que a administração consegue oferecer aos servidores, obedecendo a responsabilidade fiscal e os limites financeiros. “Claro que eu queria conceder um aumento maior, mas esse é o limite do município neste momento”.

A questão das faltas durante a greve é inegociável, segundo o prefeito. “Dito disso, Murilo Félix se torna o primeiro prefeito de Limeira a não permitir a reposição dos dias parados, desrespeitando a Lei de greve nº 7.783, de 28 de junho de 1989”, informou o Sindsel.

Suspensão da greve

Os sindicatos reforçaram que a greve não foi motivada por retaliações e que os servidores não descumpriram a lei, já que o percentual de funcionamento foi respeitado conforme exigido por secretaria.

As entidades frisaram que bônus não é valorização, pois parte dos servidores não poderão recebê-lo. “A proposta do governo mantém a política de diferenciação entre os trabalhadores, perpetuando a lógica de segregação e submissão dos servidores públicos. Diante disso, fica a critério do prefeito encaminhar ou não o projeto à Câmara Municipal”, informou a nota.

As lideranças sindicais sugeriram ao movimento que a greve fosse suspensa e que voltassem a se reorganizar. Assim, a categoria mantém o estado de greve e aguarda os desdobramentos. “Entendemos que a Mesa não foi de negociação, e sim um comunicado da decisão do prefeito, que prejudicou a população, já que poderia ter mantido a mesa de ontem para informar e evitar mais um dia de greve. Seguimos firmes, e novos pedidos de valorização serão levados à Mesa de Negociação”, finalizou o sindicato.

Fonte: Sindsel e Prefeitura de Limeira
Foto: Prefeitura de Limeira

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