O promotor Carlos Leonardo Martins da Silva solicitou à Justiça o arquivamento do inquérito policial que apurou as circunstâncias do incêndio ocorrido na cerâmica Unigrês, na zona rural de Limeira, em 13 de fevereiro deste ano. O acidente assustou devido às explosões que resultaram em uma bola de fogo que foi vista em várias cidades da região. Não houve vítimas.
Foram duas explosões em tanques de gás GLP. Na realização do exame pericial, havia danos na cerca que protege o local, razão pela qual havia a possibilidade da prática dos crimes de incêndio e explosão, ambos previstos no Código Penal, ainda que na modalidade culposa em relação ao primeiro delito.
Ouvido pela polícia, um gerente da cerâmica acompanhou os peritos no local e confirmou que cerca da divisa da empresa já apresentava danos desde quando ingressou no local para trabalhar, bem antes do incêndio. Ele disse, ainda, que as pegadas encontradas no caminho de trilha existente próximo à cerca podem ser de curiosos que visitaram o local depois do incêndio.
O funcionário não apresentou suspeita de qualquer pessoa que possa ter causado a explosão e relatou que os danos suportados giraram em torno de R$ 1,5 milhão, rateados pela seguradora e pela cerâmica.
Segundo a petição do Ministério Público (MP), “embora o laudo pericial tenha exaustivamente descrito a dinâmica do evento danoso, bem como concluído que a explosão e o incêndio podem ter sido causados por ação criminosa, não há elementos de prova indicativos de que alguém tenha adentrado o local e provocado tais delitos”.
Os fatos, segundo o promotor, não tiveram testemunhas e as diligências feitas pela Polícia Civil de Limeira não localizaram nenhum autor. Desta forma, o MP optou pela promoção do arquivamento. A apuração pode ser, posteriormente, retomada apenas se aparecerem novas provas que justifiquem a medida.
A solicitação do promotor será analisada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib.
Foto: Divulgação
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