A Justiça de Limeira (SP) analisou no dia 18 deste mês a ação penal contra um réu que já estava preso por outro crime. Na penitenciária, ele tentou mandar droga para outro pavilhão e, no pacote, havia um bilhete com seu apelido, situação que ajudou a identificá-lo.
O réu, identificado como M.R.S., estava na Penitenciária de Limeira na ala do regime semiaberto. Ele tentou, por meio de uma corda de plástico, mandar uma porção de maconha para a outra ala, onde ficam os presos do regime fechado.
Após o agente descobrir a tática, apreender a droga e encontrar o bilhete com o apelido do preso, restou para ele confessar o crime. Afirmou que o objetivo de mandar a maconha para o outro lado era obter um cigarro em troca. O Ministério Público (MP) pediu a condenação dele na ação que tramitou na 3ª Vara Criminal.
O juiz Rafael da Cruz Gouveia Linardi ouviu o relato dele e, também, do agente que identificou o crime. “No caso em tela, portanto, não demonstrando interesse pessoal do policial no objeto da investigação, tendo suas declarações sido confirmadas, em essência, pelos demais indícios dos autos, havendo coerência e verossimilhança no relato, tanto em solo policial, como em juízo, evidente que se pode levá-lo em conta para um decreto condenatório”, mencionou na sentença.
M. foi condenado pelo crime de tráfico de drogas com agravante de ter sido dentro da unidade prisional. A pena é de 6 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado. Ele pode recorrer em liberdade nesta ação.
Foto: Jaqueline Noceti/Secom
Denis Martins é jornalista, escreve para o Diário de Justiça e integra a equipe do podcast “Entendi Direito”. Formado em jornalismo, atuou em jornal diário. Também prestou serviços de comunicação em assessoria, textos para revistas e produção de conteúdo para redes sociais.
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