“Olheiro” detido no desmanche em Limeira estava em liberdade condicional e ficará preso

A Justiça de Limeira determinou neste sábado (22) a prisão preventiva do ajudante geral que foi detido na sexta-feira e atuava como “olheiro” numa propriedade rural, onde veículos subtraídos eram desmanchados. Conforme mostrado pelo Diário de Justiça (veja aqui), guardas civis municipais, policiais civis e militares descobriram o local após o furto de um automóvel em Limeira (confira o vídeo abaixo). O rapaz preso tem condenação por crimes dolosos e estava em liberdade condicional.

O delegado que registrou o caso, William Marchi, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e da Delegacia de Cordeirópolis, mencionou no boletim de ocorrência que há cerca de um mês a Polícia Civil apurava o ‘sumiço’ de veículo subtraídos em Limeira. “Policiais civis iniciaram investigações sobre prática de furto, roubo e receptação de veículos visto que as apurações preliminares davam conta de que alguns veículos estavam após a subtração tomando rumo Cordeirópolis-. Ainda nessa apuração preliminar, foi verificado que os veículos subtraídos na cidade de Limeira desapareciam nas imediações do pedágio situado na rodovia Dr. Cássio de Freitas Levy, que interliga os municípios”, citou.

O monitoramento era feito por meio da Central de Inteligência da GCM de Limeira e os dados eram repassados à central de Cordeirópolis, mas os veículos não davam entrada na cidade vizinho. Na sexta-feira, quando o veículo foi furtado em solo limeirense, essa situação voltou a ocorrer e a GCM das duas cidades patrulharam na área entre as duas cidades e encontrou o ponto de desmanche de veículos, numa propriedade rural.


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Havia pelo menos cinco homens no local, que receberam os agentes com tiros. A guarnição recebeu reforço da PM e também de policiais civis. Apesar do cerco, a maioria fugiu, mas o auxiliar geral, morador de Limeira, acabou detido e disse que recebia R$ 100 por dia para vigiar o local.

No sábado, o promotor público Rodrigo Aalves de Araújo Fiusa representou pela conversão do flagrante em prisão preventiva, mencionando, além da receptação, outros eventuais crimes praticados pelo suspeito, como adulteração de sinal identificador de veículo automotor, em continuidade delitiva e organização criminosa, que serão apurados durante inquérito policial.

No pedido à Justiça, Fiusa descreveu que o detido tem passagem pela polícia por crimes dolosos (tráfico de drogas e roubo) e cumpre livramento condicional, ou seja, quando o condenado tem permissão para cumprir parte da pena fora do presídio. “O histórico do indiciado demonstra, sem sombra de dúvidas, sua periculosidade, fazendo-se a necessária a prisão preventiva como medida de garantia à ordem pública, aplicação da lei penal e, sobretudo, por ser conveniente à instrução processual. Pela quantidade de crimes que se envolveu, certamente buscará fugir do distrito da culpa, colocando em risco a aplicação da lei penal”, apontou o promotor.

Quem analisou as circunstâncias do flagrante e, em seguida, o pedido de prisão preventiva foi o juiz Flávio Dassi Viana, que atendeu ao pedido do promotor. “O crime de receptação alimenta a prática de furtos e roubos, cujos números em nossa região vêm intranquilizando a sociedade, trazendo insegurança aos cidadãos, de modo que a manutenção da prisão cautelar do autuado se mostra necessária para garantir a ordem pública. Além disso, pelo que consta dos autos, existiriam outras quatro pessoas envolvidas, que se evadiram do local, precisando ser identificadas”, decidiu.

O auxiliar geral deverá ser transferido para algum centro de detenção provisória e permanecerá preso durante a investigação.

Imagens: Wagner Morente/GCM de Limeira

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