Jogo de mesa, lustres e até uma banheira da marca Jacuzzi. Estes foram alguns dos itens relatados pelo Ministério Público (MP) em denúncia feita contra uma mulher e dois homens, acusados de estelionato e associação criminosa contra lojas de móveis e de decoração em Limeira.

O promotor Renato Fanin informou que os três se associaram para o fim específico de cometer crimes patrimoniais. O primeiro relato é de 2017, quando o trio causou prejuízos a uma loja de móveis, na Vila Cláudia, no valor de R$ 5.748. Eles induziram em erro uma funcionária ao informarem documentos falsos para a compra de um jogo de mesa.

Também em 2018, na Av. Major José Levi Sobrinho, Jardim Porto Real II, um dos homens e a mulher obtiveram para eles vantagem ilícita no valor de R$ 9.980, em prejuízo de uma loja de acabamentos. Também induziram em erro uma funcionária com documentos falsos para a compra de uma banheira da marca Jacuzzi.

A mulher informava a Rua Maria Rodrigues Massaro, Jardim Gustavo Picinini, do segundo homem, para entregas dos produtos adquiridos de forma fraudulenta.

O MP apurou que os três associaram-se de forma estável e permanente para o cometimento de crimes de estelionato para os quais se valiam do mesmo modo de agir: entravam na loja, escolhiam os materiais, forneciam documentos falsos e optavam pelo pagamento de forma parcelada com a intenção de não quitar a dívida. “Agindo dessa forma, os denunciados praticaram estelionatos em diversas cidades, tais como Limeira, Porto Ferreira e Ribeirão Preto”, disse o promotor.

Durante as investigações, em cumprimento a mandado de busca e apreensão, policiais civis compareceram num imóvel em construção de propriedade do casal, na Avenida Plínio Augusto F. Monteiro Santos, no Condomínio Margarida Holstein, onde apreenderam dezenas de móveis e objetos decorativos de origem espúria, dentre eles o jogo de mesa adquirido fraudulentamente da empresa da Vila Cláudia, que recebeu de volta.

Em novo mandado de busca e apreensão, os denunciados foram surpreendidos no local e conduzidos à delegacia, além de serem apreendidos na residência dois lustres adquiridos mediante fraude na cidade de Ribeirão Preto.

Perante a autoridade policial, o casal permaneceu em silêncio, mas apresentaram na delegacia a banheira de imersão adquirida no estabelecimento do Jardim Porto Real II, para onde foi feita a restituição. O terceiro não foi localizado

Os representantes das empresas-vítimas ofereceram representação e, no início deste mês, o Ministério Público protocolou a denúncia na Justiça. O juiz Rafael da Cruz Gouveia Linardi, da 3ª Vara Criminal de Limeira, abriu ação penal contra o trio, que passa a responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

Foto: Pixabay

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