Acusada de ser a autora do homicídio do próprio filho, de 2 anos, por afogamento, uma mãe foi absolvida no último dia 19 pelo Tribunal do Júri. Foram 12 horas de julgamento.
O “Caso Samuel”, como ficou conhecido na região de Mauá, grande São Paulo, terminou com a absolvição da mulher em primeira instância, com a atuação dos advogados José Renato Pierin Vidotti e Alex Pelisson Massola.
O laudo pericial apontava para morte decorrente de asfixia por afogamento. A prova foi utilizada pela Promotoria de Justiça para embasar o pedido de condenação por homicídio doloso duplamente qualificado.
O caso aconteceu em 2020. Quando da denúncia pelo Ministério Público (MP), em 2021, a versão da mulher foi de que o garoto foi deixado de castigo em um cômodo, ela dormiu e, quando acordou e foi verificar como ele estava, o encontrou desacordado dentro de um baú de brinquedos.
Testemunhas foram ouvidas e a mãe interrogada. Após os debates, o conselho de sentença acolheu a tese da defesa e a mulher foi absolvida, com sentença assinada pelo juiz Marco Mattos Sestini, presidente do Júri da comarca.
Ao final, os advogados informaram que a mãe ajoelhou-se no plenário do Júri e, chorando, disse que se dedicará a reconquistar a guarda do outro filho, gêmeo de Samuel, já que perdeu o direito durante as investigações do crime e instrução processual.
O MP pode recorrer.
Foto: Pixabay
Renata Reis é jornalista, escreve para o Diário de Justiça e integra a equipe do podcast “Entendi Direito”. Formada em jornalismo, atuou em jornal diário, em outros meios, como rádio e TV. Também prestou serviços de comunicação em assessoria, textos para revistas e produção de conteúdo para redes sociais.
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