Alunos superdotados – ou com altas habilidades – são aqueles que apresentam grande facilidade de aprendizagem. Assim, eles dominam rapidamente conceitos e procedimentos e têm condições de aprofundar e enriquecer conteúdos escolares. Na rede municipal de ensino de Limeira (até o 5º ano), há seis estudantes com este diagnóstico.
A quantidade consta em ofício do secretário municipal de Educação, Antônio Montesano Neto, que chegou neste mês ao gabinete da vereadora Mariana Calsa (MDB).
Os alunos estão nas seguintes escolas: CI José Reinaldo Brugnaro, Emeief Profª Benedicta de Toledo, Emeief Major José Levy Sobrinho, Emeief Profº José Paulino de Araújo Vargas, Emeief Vereador Mauro Sérgio Vieira e Emeief Profª Raquel Ap. Gonçalves Franceschi.
A parlamentar apresentou requerimento pedindo dados e esclarecimentos sobre o procedimento que a Prefeitura adota quando identifica sinais das altas habilidades, bem como o suporte que esses estudantes têm. “A Organização Mundial da Saúde [OMS] considera que 5% da população mundial é superdotada, mas leva em conta apenas o alto QI, indicador limitado à habilidade acadêmica. Ao expandir o conceito para múltiplas inteligências, concepção de algumas correntes teóricas bastante utilizadas atualmente, é possível perceber esse percentual como significativamente maior”, cita a vereadora, na justificativa.
Superdotados passam por estudo de caso
Montesano explicou que as escolas, por meio de suas equipes pedagógicas, quando notam os sinais indicativos de altas habilidades/superdotação (AH/SD), realizam estudo de caso para descrever seu contexto educacional. “Esse estudo aborda suas habilidades, interesses, preferências e demais aspectos de sua rotina escolar”, diz o secretário.
Após a coleta de dados, os responsáveis pelos alunos recebem orientações sobre a possibilidade de consulta a um pediatra. O profissional pode encaminhar a criança para avaliação mais detalhada. A Educação diz que, atualmente, não há previsão orçamentária para o atendimento dessa demanda. “Os estudantes com AH/SD integram o público-alvo da Educação Especial e estão matriculados na rede regular de ensino”, esclarece.
Estes alunos também têm direito ao atendimento suplementar em salas de recursos multifuncionais. Ele ocorre no turno inverso ao da escolarização. O trabalho visa proporcionar oportunidades para que esses estudantes explorem suas áreas de interesse. E também aprofundem conhecimentos e desenvolvam habilidades como criatividade, resolução de problemas e raciocínio lógico.
“É importante destacar que uma criança pode apresentar altas habilidades em uma área e ter um desempenho inferior em outra. Por isso, as especificidades de cada estudante são consideradas na promoção de experiências e práticas educativas consistentes”, completou Montesano.
Foto: Pixabay
Rafael Sereno é jornalista, escreve para o Diário de Justiça e integra a equipe do podcast “Entendi Direito”. Formado em jornalismo e direito, atuou em jornal diário e prestou serviços de comunicação em assessoria, textos para revistas e produção de conteúdo para redes sociais.
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