Justiça determina prisão de cadeirante e outros 2 investigados por tráfico em Cordeirópolis

A Justiça de Cordeirópolis determinou nesta quinta-feira (29) a prisão preventiva de um cadeirante, sua irmã e do motorista do carro que eles ocupavam. O trio é investigado por tráfico de entorpecentes e foi abordado pela Polícia Militar na noite de quarta-feira, na Rodovia Dr. Cássio de Freitas Levy, que liga Limeira a Cordeirópolis.

Os três ocupavam um Honda Civic que foi parado num bloqueio da PM que era feito na rodovia. Os agentes notaram que o motorista ficou apreensivo com a abordagem e pediu que os três desembarcassem. Um deles, que ocupava o banco de passageiro dianteiro, informou que era cadeirante e pediu para permanecer no automóvel, solicitação atendida pelos PMs.

Questionados sobre algo ilícito, a irmã do cadeirante e o motorista disseram que retornavam de Rio Claro, onde foram buscar entorpecentes. Com a informação, os policiais vistoriaram o automóvel e encontraram três porções de cocaína e uma porção grande de um pó branco.

A mulher e o motorista confessaram que foram à cidade vizinha a pedido do cadeirante e sabiam que era para buscar drogas. O condutor disse ainda que receberia R$ 30 pela viagem. Questionado, o portador de deficiência confessou que pagou R$ 1.100 pelos entorpecentes. O trio foi detido em flagrante e apresentado no plantão policial.

JÁ CONHECIDOS
Na delegacia, os agentes descreveram ao delegado Eusmar Danilo Bortolozi Broetto que o cadeirante e sua irmã já são conhecidos nos meios policiais por envolvimento no tráfico de drogas e, conforme consta no boletim de ocorrência, a mulher auxilia o deficiente na preparação e distribuição das drogas.

O trio, que permaneceu alado na delegacia, foi preso em flagrante e Broetto autuou todos por tráfico de entorpecentes, bem como pediu à Justiça a prisão preventiva. Um advogado esteve na delegacia e chegou a conversar com o trio.

Ontem, o Ministério Público (MP), por meio do promotor André Perche Lucke, protocolou na Justiça o pedido de prisão preventiva dos três. No pedido, o MP citou as passagens criminais que ostentam. “Os indiciados ostentam vida pregressa já maculada na seara criminal, sendo, inclusive, reincidentes em delitos envolvendo entorpecentes, pelo que se nota a necessidade de prisão para garantia da ordem pública. Além disso, há um efetivo perigo concreto na conduta criminosa perpetrada pelos indiciados, eis que, conforme asseverado pelos policiais militares, eles já são conhecidos há muito tempo pelo narcotráfico na cidade de Cordeirópolis.  [Nome do cadeirante] é considerado o ‘chefe’ do grupo, sendo constantemente auxiliado por sua irmã e o motorista nas empreitadas criminosas. Inclusive, em data recente, a Promotoria de Justiça de Cordeirópolis, após receber elementos informativos dando conta da realização do tráfico de drogas na residência de [nome do cadeirante], requereu judicialmente mandado de busca e apreensão domiciliar, que foi deferido por esse juízo”, mencionou.

No início da noite de ontem, o juiz Raphael Silva e Castro analisou o caso e entendeu que, inicialmente, o caso se caracteriza como crime de tráfico ilícito de entorpecente e associação, “cabendo a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva pelos mesmos fundamentos já invocados como argumentos pelo Ministério Público”, decidiu.

O inquérito do caso será aberto na Delegacia de Cordeirópolis.

Foto: Pixabay

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.