A Justiça extinguiu a investigação envolvendo um conflito entre dois irmãos da cidade de Iracemápolis, no interior de São Paulo. Na briga, o irmão mais velho acertou o mais novo com uma facada, sem atingir órgãos vitais. O esfaqueado deu perdão ao agressor e não o representou criminalmente.
O episódio ocorreu em 27 de fevereiro deste ano, no Jd. Lázaro Honório de Oliveira, por volta das 20h30.
Ambos bebiam na casa da mãe. O homem mais novo, de 45 anos, relatou que começou a discutir com o irmão, que fará 46 anos em breve, por algo ligado à mãe. Então, pegou um facão que trazia no carro. Já o irmão se armou com uma faca.
Um empurrou o outro. Quando o mais novo tentou se esquivar, o mais velho acertou a facada no lado direito do abdome. Houve a perfuração.
ESFAQUEADO FICOU INTERNADO
A vítima foi até sua casa e, de lá, até o Pronto-Socorro, onde recebeu o primeiro atendimento. Depois, passou por um hospital em Limeira e só recebeu alta na tarde seguinte.
O homem relatou à polícia que, apesar do susto, a facada não atingiu os órgãos vitais. Acredita que o golpe ocorreu mais em função do “empurra-empurra”. Afirmou que o irmão não tinha a intenção de acertá-lo e, em nenhum momento, quis matá-lo.
Após a briga, a relação está normal. Dessa forma, não quis ver o irmão processado, já que o perdoou.
Como o caso foi de lesão corporal leve, a ação penal só ocorre mediante a representação. Sem ela, o promotor Rodrigo Alves de Araújo Fiusa pediu a extinção da punibilidade, em virtude da renúncia ao direito de representação.
Em 24 de abril, o juiz Marcelo Vieira acolheu a manifestação e arquivou o inquérito.
Foto: Pixabay
Rafael Sereno é jornalista, escreve para o Diário de Justiça e integra a equipe do podcast “Entendi Direito”. Formado em jornalismo e direito, atuou em jornal diário e prestou serviços de comunicação em assessoria, textos para revistas e produção de conteúdo para redes sociais.
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