Após ser vítima de golpe, um comerciante de Iracemápolis teve sua linha telefônica clonada e, por conta disso, seu iPhone foi bloqueado e perdeu a utilidade. Mesmo acionando as operadoras, não conseguiu resolver a situação e, como seu celular também era usado para fins comerciais, teve prejuízos. No início do mês, a Justiça de Limeira determinou que as empresas indenizem o iracemapolense por danos morais e paguem o valor de um celular novo.
Nos autos, os advogados do comerciante descreveram que ele recebeu uma mensagem eletrônica no telefone, em novembro, e o texto informava que ocorreria a migração de sua linha, pertencente à Nextel, para a operadora Claro. A mensagem oferecia opções: gostaria de manter o número ou trocar por outro. Ao escolher a primeira e clicar na mensagem, o comerciante teve seu número clonado e denunciou o caso na polícia.
Ele, então, solicitou a regularização do número junto à Claro e à Claro NXT (Nextel). O pedido foi atendido, mas outro problema ocorreu: no momento em que as empresas realizaram a regularização do número, o IMEI de seu iPhone foi bloqueado e o celular se tornou inútil. Consequentemente, teve prejuízos em seu negócio, pois o telefone também era usado para fins comerciais.
Cinco dias após esse ocorrido, ele denunciou o caso no Procon de Iracemápolis e a situação continuou sem resolução pelo menos até março, quando ele ingressou com a ação na Justiça solicitando indenização por danos morais e materiais, porque ele precisou comprar outro telefone que custou pouco mais de R$ 3 mil.
A ação foi analisada pelo juiz Rudi Hiroshi Shinen, do Juizado Especial Cível e Criminal de Limeira, que acolheu os pedidos do autor. As empresas foram condenadas a, de forma solidária, indenizar o comerciante em R$ 3 mil a título de danos morais e a reembolsá-lo no valor de R$ 3.399 referente ao custo do celular comprado. Cabe recurso.
Foto: Pixabay
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