Diana, a eterna princesa

por Farid Zaine
@farid.cultura

Diana Spencer teve uma vida breve que misturou conto de fada, dramas familiares, sucesso planetário e tragédia. Difícil um roteiro de ficção superar uma história real como essa, que  atingiu o mundo inteiro. Diana se tornou princesa ao se casar muito jovem, aos 19 anos, com o príncipe com o qual ela já sonhava, Charles, herdeiro do trono da Inglaterra. Na época Charles já tinha como amante Camilla Parker Bowles, com quem vive até hoje, mas precisava de uma figura como a de Diana para melhorar a imagem da Família Real.

Diana logo começou a ser infeliz no casamento, com as nada ocultas traições de Charles com Camilla. Sozinha, ela conseguiu se desvencilhar das amarras impostas pelas regras da realeza, e se transformar numa mulher brilhante e corajosa, a mais fotografada de todos os tempos, a mais invejada e amada de todas as princesas. Envolvida em causas humanitárias, ela passou a ser admirada por sua postura, tanto quanto por sua figura de mulher belíssima e com gosto requintado para o figurino.

Diana viveu a maternidade e as complicadas relações com a Rainha Elizabeth II e membros da família real, ao mesmo tempo em que via seu casamento desmoronar , e ela própria se envolver em casos extraconjugais. A imprensa sempre se alimentou de cada passo de Diana, e o nome “paparazzi”, dado aos insistentes fotógrafos que a perseguiam, ficou mais conhecido principalmente por causa dela.

Durante sua breve vida, Diana foi acompanhada com imenso interesse pelo mundo todo. Tudo o que ela fazia, vestia, falava, virava notícia imediatamente. E depois de sua morte precoce, num acidente de carro em Paris, ao lado do namorado Dodi Al Fayed, em 31 de  agosto de 1997, há 24 anos, sua história nunca deixou de causar interesse e lembranças em todo o mundo. O funeral de Diana, em 6 de setembro de 1997, na Abadia de Westminster, em Londres,  concentra algumas das mais tocantes cenas da história da realeza britânica. O mundo chorou a morte de Diana, e desde então sua vida tem sido narrada em incontáveis  livros, filmes, séries.

A quarta temporada da espetacular “The Crown”, da Netflix, dá destaque à história de Diana, interpretada com muita competência pela bela atriz Emma Corrin, vencedora do Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em 2001.

Muito aguardado é o longa “Spencer”, visão da vida de Diana pelo cineasta Pablo Larraín, com Kristen Stewart no papel da princesa. Larraín dirigiu também “Jackie”, um recorte da vida de Jacqueline Kennedy, logo após ficar viúva de John Kennedy.

E está disponível na Netflix, o que seria inevitável: um musical sobre a vida de Diana. “Diana: o Musical”, que deveria ter feito carreira na Broadway desde o ano passado, precisou ficar suspenso por causa da pandemia. Agora, com o retorno do público presencialmente , a Broadway anuncia sua estreia para o dia 17 de novembro. O público ganhou a chance de ver o musical filmado em uma apresentação no Teatro, sem público, especialmente destinada ao streaming. Nesse musical de David Bryan e Joe DiPietro, Diana é interpretada com muito empenho pela atriz e cantora Jeanna de Waal. O resultado, infelizmente, não faz jus à história de Diana.

“Diana: o Musical” tem produção esmerada, belos cenários e figurinos, mas esbarra numa narrativa tosca levada por canções muito semelhantes umas às outras, o que deixa a obra cansativa. Não há uma canção que tenha grande destaque e que o espectador queira ouvir após ter visto o filme. Uma pena. Ainda assim, é importante ter essa oportunidade de ver um musical inédito, dentro de casa, antes que ele tenha estreado no “reino” dos musicais, a Broadway. De tudo, fica uma certeza: a vida de Diana Spencer, a Princesa de Gales, será fonte ainda para muitos filmes, séries, livros. Quando se trata dela, o mundo continua permanentemente cheio de “paparazzi”.

Diana: o Musical – Disponível na Netflix

Cotação: ** REGULAR

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