O julgamento do Caso Zaira, previsto para acontecer nesta terça-feira (3/6), em Natal (RN), foi cancelado após a defesa do réu, um sargento da PM, ter abandonado o plenário do Fórum Miguel Seabra Fagundes. Com a saída dos advogados, o Conselho de Sentença foi dissolvido e a sessão do júri deverá ser remarcada.
Diante do ocorrido, o Ministério Público do Rio Grande do Norte solicitou que sejam levantados os custos da sessão de julgamento, com a intenção de pedir o ressarcimento à defesa do réu. A solicitação foi feita logo após o encerramento dos trabalhos.
Segundo os representantes da defesa, o abandono ocorreu por alegado cerceamento, após o juiz presidente da sessão indeferir perguntas que, segundo eles, eram essenciais para sustentar a tese do réu. Já o Ministério Público argumentou que as questões poderiam ferir a dignidade da vítima, posicionamento que foi acatado pelo magistrado.
O júri foi interrompido ainda na fase de depoimentos. De acordo com o próprio Tribunal de Justiça do RN, o caso está sob responsabilidade da 2ª Vara Criminal de Natal, que precisará remanejar a pauta de julgamentos, já ocupada até dezembro de 2025, para tentar realizar uma nova sessão ainda neste ano.
Caso Zaira
O réu é acusado de estuprar e matar a universitária Zaira Dantas, de 22 anos, encontrada morta em um carro durante o carnaval de 2019, em Caicó (RN). Ele era amigo da vítima e chegou a ser preso preventivamente. O caso tramita sob segredo de justiça.
Foto: Pixabay
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