Covid já afastou 95 servidores de escolas em Limeira, diz levantamento da Apeoesp

Novo levantamento divulgado pelo sindicato dos professores (Apeoesp), nesta terça-feira (23/02), aponta que, desde o reinício das aulas presenciais em Limeira – primeiro na rede estadual, depois na municipal -, foram registrados 95 afastamentos de servidores pela Covid, entre casos confirmados e outros que aguardam exame.

Nesta conta, são 26 casos na rede estadual de ensino em Limeira e outros 69 na rede municipal. “Na pesquisa, o sindicato leva em consideração os casos confirmados e os profissionais que estão aguardando resultado, ou seja, a realidade da escola em relação aos afastamentos em virtude do coronavírus. A tabela é somativa, com finalidade de mostrar todos que sofreram e sofrem nessa pandemia com o retorno das aulas presenciais”, informou o sindicato.

A categoria se posiciona contrária ao retorno presencial das aulas. “Defendemos a manutenção do ensino remoto – como aconteceu em todo o ano passado, temos cobrado do governo que proporcione aos estudantes e professores as ferramentas necessárias, como rede de wi-fi, computadores, chips e o retorno às aulas presenciais somente depois que todos sejam vacinados e que haja segurança sanitária”, diz a entidade.

O acompanhamento diário começou no dia 8, quando recomeçaram as aulas na rede estadual. Representantes da subsede Limeira da Apeoesp reuniram-se com o prefeito Mario Botion e o secretário de Educação, André Luís De Francesco, que atenderam parcialmente a reivindicação do sindicato, adiando o início das aulas para 15 de fevereiro, na rede municipal.

Mas, segundo a categoria, as escolas não cumprem minimamente o protocolo de segurança sanitária. “Não há ventilação adequada nas salas de aula, falta funcionários para limpeza, número mínimo de banheiros para uso da comunidade escolar. Sem contar que, com o número reduzido de professores devido ao grupo de risco e aqueles com mais de 60 anos, as escolas estão juntando turmas de diversas salas da escola, aumentando o risco de contágio”.

Não é o que diz a Prefeitura, que preparou um protocolo sanitário para o retorno às aulas presenciais e defende a manutenção das aulas conforme as regras estipuladas – redução de alunos nas salas, distanciamento social necessário, utilização de álcool em gel e outras medidas de prevenção.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.