Condenado a 17 anos de prisão acusado de aplicar “Boa Noite Cinderela”

A 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital condenou nesta sexta-feira (12) homem acusado de aplicar o golpe conhecido como “Boa Noite Cinderela”. Pelo crime de roubo cometido contra cinco vítimas, ele foi sentenciado a 17 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado.

De acordo com os autos, o réu abordava homens em aplicativo de paquera, sempre se apresentando com um nome falso. Ele encaminhava a conversa para aplicativo de mensagens e fornecia informações falsas a seu respeito, como trabalho e fotos que não correspondiam à realidade. Marcava, então, encontro em algum bar ou restaurante, quando colocava fármacos na bebida. Se dirigiam a um hotel ou à residência da vítima, que, dopada, tinha seus pertences roubados.

Na sentença, o juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior afirma que ficou comprovado que o acusado cometeu “cinco crimes de roubo, contra cinco vítimas diferentes e praticados mediante violência, ainda que imprópria, com a utilização de fármacos que poderiam acarretar danos pessoais e que impossibilitaram a reação das vítimas.”
A pena do réu foi agravada devido aos “meios extremamente graves” que utilizou.

Como ficou demonstrado pelos depoimentos das vítimas e laudos periciais juntados, eram ministradas doses altíssimas de remédio, deixando as vítimas inconscientes por longos períodos de cerca de 24/36 horas”, destacou o magistrado.

Ulisses Augusto Pascolati Junior acatou o pedido do Ministério Público e absolveu outros quatro réus da acusação de organização criminosa, pois não ficou provado o envolvimento nos roubos nem a associação entre os acusados com o intento de praticar crimes em conjunto.

Cabe recurso da decisão.

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