A Justiça decretou, nesta terça-feira (1/10), a prisão preventiva de E.S.M., acusado da morte de Lucilene Gonçalves Machado, de 44 anos. O feminicídio ocorreu no último dia 30 de setembro, no Jd. Nova Itália, em Limeira (SP). O Ministério Público (MP) classificou a ação como “ataque brutal à vítima”.
E. foi preso em flagrante pela Polícia Militar e passou pela audiência de custódia. O juiz Wilson Henrique Santos Gomes, da 1ª Vara Criminal, determinou a prisão por tempo indeterminado.
O crime ocorreu por volta das 16h50. Um PM passava pela avenida quando viu muitos populares e um homem sobre Lucilene, na calçada. À primeira vista, parecia uma agressão com socos, mas o agente reparou que E. dava facadas na companheira. O homem, de 50 anos, gritava para que o policial o matasse, porque a mulher estava morta.
Outras viaturas chegaram e os policiais imobilizaram o homem, que abandonou a faca. Autor e vítima eram casados há mais de 30 anos. Segundo a apuração policial, E. foi ao trabalho da mulher porque suspeitava que ela o traía.
As agressões começaram dentro da esmaltaria onde ela trabalhava e era proprietária. Foram, aproximadamente, 9 golpes nas costas e no tórax, então, ela morreu na hora. O sepultamento ocorreu nesta terça-feira, no Cemitério Parque.
Feminicídio é crime grave
O promotor João Guilherme Salve pediu a conversão para prisão preventiva em razão da gravidade dos fatos e a natureza do crime de feminicídio. “O crime em questão não apenas ceifou a vida de uma mulher, mas também revela um padrão de violência doméstica e familiar, que historicamente é cometido em um ambiente de vulnerabilidade da vítima”, escreveu. Em outro trecho, ele cita que os elementos indicam “ataque brutal à vítima”.
O juiz concordou com o pedido do representante do Ministério Público (MP). “A gravidade concreta do delito, caracterizada pela brutalidade do crime e pelo contexto de violência doméstica, indica a periculosidade do agente e o risco de reiteração delitiva”, apontou o magistrado.
Dessa forma, a Polícia Civil vai finalizar o inquérito e enviar as informações ao MP para posterior oferecimento de denúncia à Justiça.
Foto: Wagner Morente/GCM de Limeira
Rafael Sereno é jornalista, escreve para o Diário de Justiça e integra a equipe do podcast “Entendi Direito”. Formado em jornalismo e direito, atuou em jornal diário e prestou serviços de comunicação em assessoria, textos para revistas e produção de conteúdo para redes sociais.
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