Alta no preço dos metais pode alavancar furtos de cobre; em Limeira, escola foi alvo duas vezes

A alta no preço dos metais pode ter um reflexo nas estatísticas criminais, sobretudo na elevação dos casos de furtos de cobre. Essa situação foi abordada na reunião desta sexta-feira (25) do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Central, a partir do apontamento da direção de uma escola no Jardim Ouro Verde, em Limeira.

A direção da unidade informou que, recentemente, por duas vezes, a escola foi alvo de invasão e furto de fios de cobre. Ainda conforme a diretora, empresas do bairro teriam passado pela mesma situação.

Capitão da Polícia Militar, Costa Pereira descreveu que os crimes dessa modalidade podem ter ligação com a alta de preços dos metais, já que, geralmente, os materiais de cobre são subtraídos e comercializados em comércios de sucatas ou ferro-velho. “O metal teve um aumento extraordinário e alavancou os furtos de fio de cobre. Há um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo para regulamentar o comércio de sucatas”, explicou Costa Pereira.

No entanto, ainda conforme o capitão, já existe lei em vigor na cidade. “Em Limeira há lei municipal que restringe a venda de fios de cobre em comércio de sucata, mas falta implementar a aplicação dessa lei por meio de fiscalização”, completou.

Em reportagem publicada em fevereiro, o Valor Econômico citou que a cotação da tonelada do metal alcançou o maior patamar dos últimos dez anos. No mês de abril, novamente o preço da tonelada voltou a superar a média da década, alavancado pela alta demanda principalmente da China.

Na reunião do Conseg Central, o presidente Claudio Zalaf pediu que os representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil acompanhassem o caso.

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