Após reportagem do DJ publicada nesta sexta-feira (3) sobre mais uma vítima de golpe de suposto soldado dos EUA em missão no Afeganistão, cujo processo foi encaminhado à Justiça de Limeira, leitor do portal informou que também recebeu mensagens neste sentido, mas não caiu na conversa.
Em agosto, o DJ mostrou um outro caso, de um idoso, que também foi vítima de golpistas que se passam por soldados do Afeganistão (leia aqui).
Luciano Fernandes conta que, em meados de junho deste ano, recebeu uma mensagem pelo Facebook. No perfil, a imagem de uma mulher com roupa de soldado do Exército, chamada Lea. “Do nada, recebi mensagem deste perfil que perguntou como eu estava e começou a falar que ela estava em campo de soldados no Afeganistão. Disse que a equipe dela invadiu a casa de um traficante e que conseguiram pegar muito dinheiro, que seria dividido com todos os soldados”.
Luciano conta que percebeu na hora que podia se tratar de tentativa de golpe e deixou que a pessoa do outro lado continuasse. “A minha parte deu um pouco mais de R$ 1 milhão e quero mandar para fora”, disse ao limeirense. A mensagem dizia que a intenção era pedir refúgio no Brasil e, para isso, precisava de ajuda.
Conforme Luciano, chegavam mensagens de 6h em 6h mais ou menos e o interlocutor golpista queria dar a impressão de que fazia confusão pelo fusorário.
A promessa era de dar 10% do valor mas, para isso, Luciano tinha de pagar algumas taxas para envio do montante ao Brasil. “Não caí e depois parou de mandar mensagens. Excluí o perfil e as mensagens, mas chegou até mandar um número de conta bancária, que era brasileira”.
Luciano fez o relato com a intenção de chamar a atenção de limeirenses e outros que possam receber esse tipo de mensagem. Já houve vítimas e, ao que parece, a tentativa de fazer mais continua.
Em qualquer plataforma digital, há ferramentas de bloqueio e de denúncia de perfil. Especialistas em segurança e de direito do consumidor sempre alertam: “Quando a esmola é muita, sempre desconfie. Ninguém sai oferecendo dinheiro”.
Veja a mensagem que chegou a um outro limeirense:
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Deixe uma resposta