O Ministério Público (MP), por meio do promotor Rodrigo Alves de Araújo Fiusa, denunciou uma mulher que trabalhava com faxina em apartamento no centro de Limeira e, em 2021, foi descoberta fazendo compras com o cartão da empregadora. Após investigações e relatório da Polícia Civil, o MP ofereceu, primeiro, acordo de não persecução penal possível em determinadas situações e, se aceito, mediante compensações, abre-se mão da pretensão punitiva.
No entanto, conforme o MP, a proposta não foi aceita. A mulher, então, foi denunciada nesta terça-feira (18) por furto qualificado: abuso de confiança e mediante fraude, por quatro vezes, e contra pessoa idosa (vítima).
A denunciada trabalhava quinzenalmente na casa da vítima. A filha da aposentada, que deixava o cartão de crédito e débito em local visível, percebeu compras estranhas nos histórico e confirmou com a mãe que ela não tinha feito esses pagamentos. Foram feitas ligações para a operadora de crédito e lojas.
A operadora informou que a compra de R$ 1.026,40 em uma loja foi feita com cartão com chip e senha. A família, então, fez contato com o gerente do estabelecimento, que ajudou com informações. A mulher que fez a compra, inclusive, se identificou como enfermeira que trabalhava “na área de Covid-19”. Nesta loja, foram comprados 6 itens, a maioria em tamanho M, sendo uma calça jogger para a filha dela.
O gerente forneceu imagens de segurança e a mulher, que trabalhava na casa da família quinzenalmente, foi reconhecida.
Outras compras no débito foram feitas nos valores de R$ 50,60; de R$ 89,92 e R$ 689,78. Este último foi em outra loja. A família também fez contato e a gerência auxiliou com informações. No cadastro, foi confirmada a mesma pessoa.
Na Delegacia de Polícia, a mulher confirmou as compras, mas negou a prática dos crimes, afirmando que a vítima tinha conhecimento da utilização do cartão.
Agora, se a Justiça acolher a denúncia, a ação penal terá início.
Foto: Diário de Justiça
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